Embora mundialmente conhecido como o santo padroeiro da ecologia, em virtude de seu cuidado para com as plantas e os animais, a importância e contribuição de São Francisco de Assis – para a Igreja e para o mundo – seguem além, chegando a receber – no fim do século passado – o título de “homem do milênio”. Para o Papa Pio XI, Francisco de Assis tinha “tão perfeita imagem de Cristo” que o considerou “quase um Cristo redivivo”, sabendo encarnar verdadeiramente o Evangelho.
Francisco nasceu na cidade de Assis, na Itália, em 1181/1182. Filho de Pedro Bernardone, rico comerciante, e de Dona Picá, foi um jovem como todos os outros, divertindo-se com amigos, levando uma vida boêmia.
Após ter ficado um ano preso em virtude de conflito ocorrido entre os senhores feudais da cidade de Perúsia e Assis, Francisco volta para casa. Noutro combate, chega a ir até a cidade de Espoleto; porém, retorna doente. A partir daí, dedica-se a dar esmolas e roupas aos mais pobres, a desprezar o dinheiro e as coisas materiais. Certa vez, ao se deparar com um leproso, beija-lhe o rosto, marcando sua vida de tal forma que, mais tarde, descreve em seu Testamento: “O que antes era amargo se converteu em doçura da alma e do corpo”.
O modo de vida dos frades era diferente do estilo em que viviam os monges e outros religiosos daquele tempo. Tornavam-se irmãos em torno do princípio evangélico da fraternidade. Não viviam em mosteiros, sendo itinerantes para anunciar, mediante suas atitudes de vida simples, o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo a todos quantos encontrassem pelo caminho.
Em 1212, Clara de Favarone foi procurar Francisco para abraçar seu modo de vida. Logo em seguida, Inês, a irmã de Clara também abraça essa vida. É criada a Fraternidade das Damas Pobres (Clarissas).
Em 1220, Francisco dá início à Ordem Terceira, acolhendo homens e mulheres, casados ou não, que permanecendo em suas atividades na sociedade poderiam viver o Evangelho.
Em virtude do crescimento do número de frades, Francisco escreve uma nova e definitiva regra, aprovada pelo Papa Honório em 29 de novembro de 1223. Sua regra de vida propõe viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo em espírito de pobreza, obediência e castidade.
No dia 17 de setembro de 1224, no Monte Alverne, Francisco recebe em seu corpo as chagas de Jesus Crucificado.
Entre 1225 e 1226, enfermo e quase cego, escreve o Testamento e o Cântico das criaturas, considerado obra-prima da literatura italiana.
Francisco de Assis faleceu no dia 3 de outubro de 1226, sendo canonizado pelo Papa Gregório IX em 1228. A comemoração litúrgica ocorre no dia 4 de outubro.